Senna na Netflix: A Minissérie que Emociona, Resgata a Nostalgia e Mexe com o Orgulho Brasileiro
"Senna" na Netflix: A Minissérie que Resgata a Emoção de um Ícone Brasileiro e Dominou as Redes Sociais
Virei a madrugada assistindo a minissérie “Senna”, lançada pela Netflix, e quando os créditos do último episódio terminaram, não consegui dormir.
A emoção me tomou de tal forma que senti uma necessidade quase urgente de escrever esta homenagem logo cedo, enquanto as lembranças ainda estavam frescas.
Este texto não é apenas uma análise, mas um tributo ao homem que nos fez sonhar, vibrar e acreditar em um Brasil maior.
Foi impossível não chorar enquanto as cenas traziam de volta os domingos que marcaram a vida de milhões de brasileiros.
Lembrei das ruas pintadas de verde e amarelo, das famílias reunidas na frente da TV, das comemorações que pareciam uníssonas, como se um país inteiro fosse movido pelo som do “Tema da Vitória”.
Naquela época, Ayrton Senna não era apenas um piloto; ele era um símbolo de união, orgulho e superação. E agora, essa minissérie nos convida a revisitar tudo isso.
Se você viveu aqueles anos dourados da Fórmula 1, prepare-se para uma onda de nostalgia. Se você é mais jovem e ainda não conheceu o impacto de Senna, esta é a sua oportunidade de entender por que ele foi e ainda é tão importante.
Agora, sem spoilers, vou te mostrar o que torna essa série tão especial e por que ela já está mexendo com milhões de pessoas ao redor do mundo.
Se você ainda não assistiu, prepare o coração: essa jornada vai te fazer rir, chorar e, principalmente, sentir.
De “Forever Young” ao Tema da Vitória: A Trilha Sonora Que Faz o Coração Bater Mais Forte
Uma das maiores forças da minissérie “Senna” é sua trilha sonora. Ela não é apenas um pano de fundo, mas uma verdadeira máquina do tempo que nos transporta direto para as décadas de 1980 e 1990 — os anos que marcaram o auge da carreira de Ayrton Senna e, para muitos, o auge da emoção na Fórmula 1.
Embora a lista completa das músicas utilizadas na minissérie não tenha sido divulgada oficialmente, a produção incluiu outras canções emblemáticas do período, como as de Tina Turner ” ‘The best‘” como grande destaque, pois foi feita especialmente para o nosso campeão, Tears for Fears com”Everybody Wants to Rule the World” na cena emblemática do Senna em um karaokê e Depeche Mode com “Just Can’t Get Enough“, que eram populares na época e possivelmente apreciadas por Senna.
- Clássicos do rock internacional, como “Highway Star” (Deep Purple) e “More Than a Feeling” (Boston), refletem a intensidade e a adrenalina das corridas.
- Sucessos nacionais de ícones como Rita Lee e Cazuza ajudam a contextualizar a cena brasileira da época e dão um toque de brasilidade à produção.
- No trailer da minissérie, a escolha de “Forever Young” (Alphaville) é um golpe certeiro no coração dos fãs, sintetizando o legado eterno de Senna.
E, claro, não poderia faltar o “Tema da Vitória”, a composição de Eduardo Souto Neto que transcendeu as pistas e se tornou parte do imaginário nacional.
Quando essa melodia toca na série, é impossível não se emocionar. Ela simboliza não apenas as vitórias de Senna, mas um momento em que o Brasil, por breves instantes, sentia-se vitorioso junto com ele.
Adriane Galisteu, Piquet e Kaya Scodelario: As Polêmicas Que Agitaram as Redes
Desde sua estreia, em 29 de novembro de 2024, “Senna” tem gerado debates acalorados nas redes sociais. Enquanto muitos exaltam a produção como uma homenagem merecida, outros questionam algumas escolhas narrativas e representações.
A Polêmica com Adriane Galisteu
A relação de Ayrton Senna com Adriane Galisteu, sua namorada na época de sua morte, gerou uma das maiores controvérsias da série.
Apesar de sua importância nos últimos anos de vida do piloto, Galisteu aparece na minissérie por apenas 2 minutos e 34 segundos.
Muitos fãs acusam a família de Senna de tentar minimizar sua presença na narrativa, priorizando outras figuras e aspectos da vida do piloto.
Esse detalhe virou um dos assuntos mais comentados no Twitter e reacendeu antigas discussões sobre a influência da família Senna em preservar sua imagem pública.
Hugo Bonemer Como Nelson Piquet
Outro ponto que dividiu opiniões foi a escolha de Hugo Bonemer, ator assumidamente gay, para interpretar Nelson Piquet, rival histórico de Senna que, no passado, foi criticado por declarações homofóbicas.
A decisão foi considerada por muitos como irônica e, para alguns, uma provocação simbólica. Apesar disso, a atuação de Bonemer foi amplamente elogiada, trazendo autenticidade ao papel.
A Personagem Fictícia Laura Harrison
A adição de Laura Harrison, uma jornalista fictícia interpretada pela atriz britânica de ascendência brasileira Kaya Scodelario, também gerou discussões.
Scodelario, que estreia atuando em português, foi bem recebida pelos fãs, mas muitos questionaram se havia necessidade de criar um personagem fictício em uma história tão rica em figuras reais.
Cenas de Correr de Arrepiar, Mas e Fora das Pistas?
A minissérie acerta em cheio nas recriações das corridas de Ayrton Senna. As sequências nas pistas são intensas, realistas e visualmente impressionantes, capturando a adrenalina e a genialidade do piloto brasileiro.
Para quem conhece o histórico de Senna, essas cenas são um presente: cada curva, cada ultrapassagem, cada vitória é retratada com um cuidado que beira o perfeccionismo.
No entanto, as críticas recaem sobre o tratamento das histórias fora das pistas.
O Que Funciona
- A rivalidade com Alain Prost é bem explorada, destacando a tensão e o respeito que evoluíram ao longo dos anos.
- A série contextualiza bem o impacto de Senna no Brasil dos anos 80 e 90, mostrando como ele se tornou um símbolo de esperança em meio a crises econômicas e políticas.
- O legado filantrópico de Senna é abordado, com menções ao Instituto Ayrton Senna, que até hoje transforma a vida de milhares de crianças brasileiras.
O Que Faltou
- A profundidade emocional e psicológica de Senna é tratada de forma superficial. Aspectos como sua espiritualidade, suas vulnerabilidades e os bastidores de sua vida pessoal poderiam ter sido mais explorados.
- A rivalidade com Prost, embora bem executada, poderia ter mostrado mais nuances, como o respeito mútuo que os dois desenvolveram com o tempo.
A Recepção da Crítica Internacional
As críticas globais também têm sido mistas, variando entre elogios à cinematografia e críticas à narrativa fora das pistas.
- Financial Times: Destacou a intensidade das cenas de corrida, mas apontou que a série se apoia em clichês e explora pouco a complexidade de Senna.
- The Times: Apesar de elogiar a recriação visual das décadas de 80 e 90, criticou o ritmo lento e a falta de desenvolvimento dos personagens.
- Time: Aplaudiu a série por capturar a determinação de Senna e por abordar seu impacto dentro e fora das pistas, além do contexto político e social do Brasil.
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Por Que “Senna” Vai Além de Uma Minissérie
Independentemente das críticas, “Senna” é mais do que entretenimento. É um lembrete poderoso de um homem que fez o Brasil sonhar.
É uma oportunidade de reviver uma era em que um país inteiro se unia em torno de um ídolo, compartilhando orgulho e emoção.
Se você viveu aquela época, prepare-se para um mergulho profundo na nostalgia. Se você não viveu, a série é um convite para descobrir por que Ayrton Senna foi — e ainda é — um dos maiores ícones do Brasil e do esporte mundial.
Então, que tal maratonar a série e resgatar, nem que seja por algumas horas, o orgulho de ser brasileiro? 🌟
E você, já assistiu a “Senna”? Compartilhe suas impressões e vamos celebrar juntos a memória do nosso eterno campeão! 🏎️