Carregar carros elétricos em casa aumenta muito a conta de energia?
Ao adotar um veículo elétrico (VE) e optar pelo carregamento em domicílio, muitos consumidores questionam se isso reflete significativamente no aumento da conta de energia elétrica.
A resposta direta é sim há um acréscimo perceptível, contudo é crucial ponderar essa questão dentro de um contexto mais amplo que inclui as numerosas vantagens financeiras proporcionadas pelos VEs.
Enquanto o carregamento em casa de veículos elétricos pode à primeira vista, parecer um fator de aumento nos gastos mensais com energia.
É importante considerar as economias abrangentes que acompanham a posse de um VE. Essas economias manifestam-se de várias formas, incluindo reduções significativas em impostos e nos custos de manutenção comparados aos veículos tradicionais movidos a combustíveis fósseis.
Carregar carros elétricos em casa aumenta muito a conta de energia?
Para ilustrar os custos envolvidos no uso de energia elétrica doméstica, tomemos como exemplo o BYD Dolphin, um modelo que tem registrado expressivas vendas no Brasil. Qual seria o impacto na fatura de energia elétrica para um veículo desses percorrendo 300 km por mês?
Para esclarecer essa questão, é necessário considerar diversos aspectos:
- Consumo de energia do BYD Dolphin: De acordo com informações fornecidas pelo fabricante, o consumo médio está estimado em 15,6 kWh para cada 100 km percorridos. Isso indica que, para uma distância de 300 km, o consumo seria de aproximadamente 46,8 kWh.
- Eficiência do carregador: A eficiência média dos carregadores domésticos gira em torno de 90%. Assim, o consumo energético para a recarga do veículo seria na prática de cerca de 52 kWh.
- Custo da energia: Este varia conforme a localidade e a fornecedora de energia. No Brasil, o preço médio residencial situa-se em torno de R$ 0,90 por kWh.
Com base nesses parâmetros, estima-se que o acréscimo na conta de energia para um BYD Dolphin rodando 300 km mensais seja aproximadamente R$ 46,80.
Análise de Custo: Um Exemplo Prático
Vale salientar que essa é uma estimativa preliminar. O custo efetivo pode variar em função de uma série de fatores, incluindo:
- Padrões de recarga: A recarga do veículo durante a noite, aproveitando tarifas reduzidas, pode diminuir os custos.
- Consumo energético doméstico: Casas com alto consumo de energia podem perceber um impacto maior na adição de um veículo elétrico.
- Instalação de painéis solares: A geração de energia solar própria pode significar uma redução considerável nos custos de recarga.
As tarifas de energia definidas pela ANEEL podem variar significativamente, influenciando diretamente o custo de carregamento dos VEs.
Essas tarifas são classificadas em três categorias verde sem custos adicionais, amarela indicando uma taxa extra por cada 100 kW/h consumido, e vermelha onde essa taxa adicional é ainda mais elevada. Esse sistema de bandeiras tarifárias é um fator crucial a ser considerado ao estimar os custos de recarga de um VE.
Tomando como referência o estado de São Paulo que lidera em número de veículos elétricos no Brasil e considerando uma tarifa média de R$0,70 por kWh, estima-se que o custo de recarga de um VE simples varie entre R$30 e R$90 para outros modelos de carros elétricos que rodam até 300 km por mês.
Este valor revela-se bastante vantajoso quando comparado aos custos associados ao abastecimento de veículos a combustíveis fósseis.
Como calcular gasto com carro elétrico?
Para determinar o custo específico de carregamento é necessário conhecer a potência disponível em casa (em Watts) e multiplicar pela quantidade de Watts que o carregador do veículo consome durante o tempo que permanece conectado.
Considerando uma tomada padrão de 220V-20A com potência máxima de 4.400W e um período de carregamento de 10 horas, resulta em um consumo de 44 kWh. Isso se traduz em um custo aproximado de R$22, ressaltando a economia proporcionada pelo uso de VEs.
Ao avaliar o custo de recarga de veículos elétricos, é essencial considerar não apenas a capacidade da bateria e a autonomia do veículo, mas também as variações tarifárias regionais impostas pela ANEEL.
Esse entendimento completo garante uma percepção acurada das vantagens econômicas dos VEs, promovendo uma transição mais informada para essa tecnologia sustentável.
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